Sacramento. Rito ou sinal sagrado e
sensível instituído por Jesus Cristo que confere graça a alma. Cada
sacramento é um rito ou cerimônia visível ou externa que se compõe de matéria
e forma. A matéria pode ser remota (por exemplo, no batismo a água) e próxima
(por exemplo, ainda no batismo, a infusão da água). A forma são as palavras
pronunciadas pelo ministro em nome de Cristo e que determinam a matéria,
tornando-a um sinal eficaz de graça, por exemplo: “Eu te batizo...” Ao
instituir estes ritos sacramentais, Cristo fez, de cada um deles um
instrumento eficiente para conferir uma graça sacramental especial. Por
conseguinte, de cada um deles recebe a alma, com a graça santificante, uma
graça especial que a ajuda a realizar o fim primário daquele sacramento.
Esta graça é dada não em
razão da santidade ou da fé do ministro, embora possam elas aumentar a graça
concedida, mas somente pelo poder do rito sacramental. O termo técnico, para
se descrever a maneira pela qual o rito confere a graça, é ex opere operato,
expressão latina técnica que quer dizer “(efeito resultante) da execução da
obra”, i.e., o efeito (graça) resultante da simples administração do rito
sacramental. A cerimônia é um sinal, i. e., um rito que significa a graça que
de fato produz na alma. Há sete sacramentos: Batismo, Confirmação,
Eucaristia, Penitência, Extrema Unção, Ordem e Matrimônio.
Dois destes sacramentos, o
Batismo e a Penitência, são chamados sacramentos dos mortos, uma vez
que seu fim é conferir a vida sobrenatural à alma morta pelo pecado. Os cinco
restantes são chamados sacramentos dos vivos, porquanto seu intento é
aumentar a graça na alma já sobrenaturalmente viva pela graça santificante.
Três dos sacramentos
(Batismo, Confirmação e Ordem) imprimem caráter na alma em acréscimo a graça
santificante. Daí o não poderem ser recebidos mais de uma vez. Os outros
quatro podem ser recebidos mais vezes.
Continua >
|