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Algum tempo depois do casamento, fui transferido para trabalhar no escritório da Fazenda Cachoeira, no município de Assaí. Na Fazenda Cachoeira nasceu nosso primeiro filho, José Roberto. Esse dia ficou marcado como o dia de maior desespero da minha vida. O médico da fazenda era uma pessoa sem experiência e quase que Antoninha morreu. No meu desespero, pedi para o Guaracy, motorista da camioneta da fazenda, que corresse ao máximo para buscar o Dr. Julião, que era médico e prefeito de Assaí. A sorte foi que ele veio imediatamente e salvou a situação. Eu confesso que foi uma situação constrangedora perante o médico que dava assistência ao pessoal da fazenda (devia ser médico novo, com pouca experiência). Antoninha ficou em observação porque a pressão baixou muito e o Dr. Julião disse que ela não poderia mais ter filhos. O dia 30 de Julho de 1.951 ficou marcado para sempre. A mulher que deu assistência no parto era dona Maria, copeira da casa da sede do senhor Geremias Lunardelli, apesar de parteira experiente também ficou impressionada com o nascimento do José Roberto.
Eu com José Roberto no colo.
Antoninha com José Roberto no colo,
na Fazenda Cachoeira.
Eu, Antoninha e José Roberto no colo.
José Roberto em frente da casa da Fazenda Cascata.
Eu e José Roberto, na Fazenda Cascata.
Eu com José Roberto, perto da casa da Fazenda Cascata.
José Roberto no jardim da casa da Fazenda Cascata.
Antoninha com José Roberto em cima do Jeep.
Visita do meu pai e minha mãe à
Fazenda Cascata.
José Roberto está em cima do Jeep,
e Lenita está com a Antoninha.
Mas, a despeito do diagnóstico do Dr. Julião, dois anos e meio depois deste episódio, no dia 30 de dezembro de 1.953, nasceu a Lizete Maria, bonita e forte como o José Roberto, contrariando as previsões pessimistas do médico.
A Lizete com 2 aninhos.
E Antoninha com
José Roberto e a Lizete, no colo.
Nesta ocasião eu já estava trabalhando na Fazenda Cascata, outra propriedade do senhor Geremias Lunardelli, localizada no município de Bela Vista do Paraíso, distante da cidade de Londrina 30 km. Foi um tempo de muito trabalho porque a fazenda era muito grande e eu era sozinho para trabalhar no escritório. Havia um contingente muito grande de colonos e camaradas. Na época de safra o trabalho era intenso. O movimento era dia e noite. Mas assim mesmo a Antoninha e eu éramos muito felizes com o casal de filhos. Eles tinham tudo o que toda criança gostaria de ter, muitos brinquedos e bastante amor.
Nessa época, apesar da distância, nunca deixávamos de ir à missa aos domingos, em Bela Vista do Paraíso. Nós íamos a pé, três quilômetros de ida e três de volta, mas apesar do trecho de caminhada, quanta alegria nós sentíamos por termos cumprido o preceito católico.
Até que em um domingo, o gerente da fazenda, senhor José Menezes, que era muito apegado ao seu Jeep, nunca deixando que outra pessoa o usasse, alegando que o mesmo era para uso exclusivo do seu serviço administrativo, me disse: - "Seu José, não vá a pé com sua esposa e as crianças na missa, pode ir com o meu Jeep". Quando eu apareci com o Jeep do senhor Menezes em Bela Vista do Paraíso, parecia que o mundo ia desabar, as pessoas que nos conheciam ficaram admiradas e falavam: -"O seu Menezes nunca deixou ninguém andar no seu Jeep, como é que você conseguiu?" Não dizia aos outros, mas tinha para mim que muito provavelmente a explicação estava na minha dedicação ao trabalho e no meu jeito de ser agradável e sempre humilde, nunca reivindicando coisa alguma a meu favor.
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Tempos difíceis – Quanta amargura!
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