Muitas vezes presenciamos a
morte de pai, mãe, tios, tias, filhos, filhas, amigos e amigas. Sabemos que muito depressa
chegará o nosso dia também, devemos nos preparar bem para esse dia. Hoje está vivo o homem, e amanhã
já não existe. Entretanto,
logo que se perdeu de vista, também se perderá da memória. Quanta cegueira e dureza do
coração humano, que só cuida do presente, sem olhar para o futuro! É óbvio prevenir para que
todas nossas obras e pensamentos se voltem para o momento de nossa morte. Se nós tivéssemos boa
consciência não temeríamos a morte. É melhor evitar o pecado que fugir da morte. Se não estamos preparados
hoje, como o estaremos amanhã? O dia de amanhã é incerto, e não sabemos se nos será concedido!
Que nos aproveita vivermos muito tempo, quando tão
pouco nos emendamos? Sabemos
que nem sempre a longa vida, nos traz emenda, se não que muitas vezes aumenta
a culpa. Oxalá tivéssemos, um dia
sequer, vivido bem neste mundo! Há muitas pessoas que contam os anos decorridos
desde a sua conversão, freqüentemente, porém, é pouco o fruto da emenda. Se é tanto para temer o
morrer, talvez seja ainda mais perigoso o viver muito. Bem-aventurado aquele que
medita sempre sobre a hora da morte, e para ela se dispõe cada dia. Se já vimos alguém morrer,
devemos refletir porque nós também passaremos pelo mesmo caminho. Pela manhã, quando nos
levantamos da cama, devemos pensar que não chegaremos à noite, e à noite não
nos prometamos o dia seguinte. Por isso devemos andar sempre preparados e vivermos
de tal modo que não nos encontre a morte desprevenidos. Muitas pessoas morrem
repentina e inesperadamente: pois na hora que menos se pensa, virá o Filho
do Homem (Lc 12, 40). Quando vier aquela hora derradeira, começaremos a
julgar mui diferentemente toda a nossa vida passada, e vamos sentir em nossa
alma, uma grande aflição por termos sido tão negligentes e remissos.
Quão feliz e prudente é o homem que procura ser em
vida como deseja que o encontre a morte. Pois o que dará grande confiança de morte abençoada
é o perfeito desprezo do mundo, o desejo ardente do progresso nas virtudes, o
amor à disciplina, o rigor na penitência, a prontidão na obediência, a
renúncia de si mesmo e a paciência em sofrer, por amor de Nosso Senhor Jesus Cristo, qualquer
adversidade.
CATEQUESE INFORMATIVA
JOSÉ ORQUIZA
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