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SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA

Foi por intermédio da Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo, o Filho de Deus veio ao mundo, e é também por meio dela que Ele deve reinar no mundo.

Há 710 anos antes do Novo Testamento, Ela foi anunciada através do profeta Izaias (7, 14) Uma jovem conceberá e dará a luz um filho, e lhe dará o nome de Emanuel “o Deus conosco”

Em toda a sua vida a Santíssima Virgem Maria permaneceu oculta; por isso o Divino Espírito Santo e a Igreja Católica a chamam Alma Mater – Mãe escondida e secreta.

A sua humildade era tão profunda, que, para ela, o atrativo mais poderoso, mais constante era esconder-se de si mesma e de toda criatura, para ser conhecida somente de Deus.

Para atender aos pedidos que ela lhe fez de escondê-la, empobrecê-la e humilhá-la, Deus providenciou para que oculta ela permanecesse em seu nascimento, em sua vida, em seus mistérios, em sua ressurreição e assunção, passando despercebida aos olhos de quase toda criatura humana. Seus próprios parentes não a conheciam; e os anjos perguntavam muitas vezes uns aos outros: Quae est ista?... – Quem é esta? (Cânt 3, 6; 8, 5) pois que o Altíssimo lhe a escondia; ou se algo lhes desvendava a respeito, muito mais, infinitamente, lhes ocultava.

Deus Pai consentiu que jamais em sua vida ela fizesse algum milagre, pelo menos um milagre visível e retumbante, conquanto lhe tivesse outorgado o poder de fazê-los, Deus Filho consentiu que ela não falasse, se bem que lhe houvesse comunicado a sabedoria divina, Deus Espírito Santo consentiu que os apóstolos e evangelistas a ela mal se referissem, e apenas no que fosse necessário para manifestar Jesus Cristo. E, no entanto, ela era a Esposa do Espírito Santo. A Santíssima Virgem Maria é a obra-prima por excelência do Altíssimo, cujo conhecimento e domínio Ele reservou para Si. Maria é a Mãe admirável do Filho, a quem aprouve humilhá-la e ocultá-la durante a vida para lhe favorecer a humildade, tratando-a de mulher – mulier (Jô 2, 4; 19, 26), como a uma estrangeira, conquanto em seu Coração a estimasse mais que todos os anjos e seres humanos.

Maria é a fonte selada (Ct 4, 12) e a esposa fiel do Espírito Santo, onde só Ele pode penetrar. Maria é o santuário, o repouso da Santíssima Trindade, em que Deus está mais magnífica e divinamente que em qualquer outro lugar do universo, sem excetuar seu trono sobre os querubins e serafins; e criatura alguma, pura que seja, pode ai penetrar sem um grande privilégio.

Maria Santíssima é o paraíso terrestre do novo Adão, no qual este se encarnou por obra do Espírito Santo para aí operar maravilhas incompreensíveis. É o grande, o divino mundo de Deus, onde há beleza e tesouros inefáveis. É a magnificência de Deus, em que Ele escondeu, como em seu seio, seu Filho único, e nele tudo que há de mais excelente e mais precioso. Oh! que grandes coisas e escondidas Deus todo poderoso realizou nesta criatura admirável, dí-lo ela mesma, como obrigada, apesar de sua humildade profunda: Fecit mihi magna qui potens est (Lc 1, 49) “porque o Todo-poderoso realizou grandes obras em meu favor; seu nome é santo...” O mundo desconhece essas coisas porque é inapto e indigno.

Os santos disseram coisas admiráveis desta cidade santa de Deus; nunca foram tão eloqüentes nem mais felizes, - eles o confessam – que ao tomá-la como tema de suas palavras e de seus escritos. E, depois, proclamam que é impossível perceber a altura de seus méritos, que ela elevou até ao trono da Divindade; que a largura de sua caridade, mais extensa que a terra, não se pode medir; que está além de toda compreensão e grandeza do poder que ela exerce sobre o próprio Deus; e, enfim, que a profundeza de sua humildade e de todas as suas virtudes e graças são um abismo impossível de sondar. Ó altura incompreensível! Ó largura inefável! Ó grandeza incomensurável! Ó abismo insondável!

Toda terra está cheia de sua glória, particularmente entre os que são remidos pelo sangue de seu divino Filho Jesus Cristo, e, a tomam como padroeira e protetora em muitos países, províncias, dioceses e cidades. Inúmeras catedrais são consagradas sob a invocação do seu nome. Igreja alguma se encontra sem um altar em sua honra; não há pais que não possua alguma de suas imagens milagrosas, junto das quais todos os males são curados e se obtêm todos os bens. Quantas confrarias e congregações erigidas em sua honra! Quantos institutos e ordens religiosas abrigados sob o seu nome e proteção! Quantos irmãos e irmãs de todas as confrarias, e quantos religiosos e religiosas a entoar os louvores, a anunciar as sua maravilhas!

(1 Cor 2, 9) – Os olhos não viram, o ouvido não ouviu, nem o coração do homem compreendeu as belezas, as grandezas e excelências de Maria, o milagre dos milagres da graça, da natureza e da glória. Se quiserdes compreender a Mãe, compreendei o Filho. Ela é uma digna Mãe de Deus; toda língua emudeça.

Quando, portanto, e é certo, o conhecimento e o reino de Jesus Cristo tomarem o mundo, será como uma conseqüência necessária do conhecimento e do reino da Santíssima Virgem Maria. Ela O deu ao mundo a primeira vez, e também, da segunda, o fará resplandecer.

CATEQUESE INFORMATIVA – JOSÉ ORQUIZA

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